A corrida é uma atividade física acessível pode ser praticada individualmente sem grandes recursos, estrutura ou conhecimento daí ser uma das mais populares.Toda a gente corre, nem sempre de forma saudável, basta usar uns sapatos desnivelados e ter uma passada de impacto posterior (calcaneo-társico) para aumentar muito as possibilidades de lesões nos joelhos. Se usar calçado minimalista ou correr descalço poderá reduzir este tipo de lesão. A própria marcha beneficia com estas condições de calçado.
Dados de corredores de sapatos desnivelados, de todas as marcas que conhece e costumam ser sugeridas nas lojas especializadas. É importante reter apenas isto: A principal articulação afetada pela corrida são os joelhos pelo momento de adução do joelho e pelo síndrome de dor patelo-femoral. Ambas são produzidos por forças, decorrentes de uma postura anômala, que se exercem no joelho na corrida ou mesmo a andar que destroem as cartilagens. Essas forças aumentam significativamente com o desnível do calçado.
Kemler E, Blokland D, Backx F, Huisstede B. Differences in injury risk and characteristics of injuries between novice and experienced runners over a 4-year period. Phys Sportsmed. 2018 Nov;46(4):485-491. doi: 10.1080/00913847.2018.1507410. Epub 2018 Aug 21. PMID: 30071170.
Videbæk S, Bueno AM, Nielsen RO, Rasmussen S. Incidence of Running-Related Injuries Per 1000 h of running in Different Types of Runners: A Systematic Review and Meta-Analysis. Sports Med. 2015 Jul;45(7):1017-26. doi: 10.1007/s40279-015-0333-8. PMID: 25951917; PMCID: PMC4473093.
Tschopp M, Brunner F. Erkrankungen und Überlastungsschäden an der unteren Extremität bei Langstreckenläufern [Diseases and overuse injuries of the lower extremities in long distance runners]. Z Rheumatol. 2017 Jun;76(5):443-450. German. doi: 10.1007/s00393-017-0276-6. PMID: 28236094.
van Gent RN, Siem D, van Middelkoop M, van Os AG, Bierma-Zeinstra SM, Koes BW. Incidence and determinants of lower extremity running injuries in long distance runners: a systematic review. Br J Sports Med. 2007 Aug;41(8):469-80; discussion 480. doi: 10.1136/bjsm.2006.033548. Epub 2007 May 1. PMID: 17473005; PMCID: PMC2465455.
A corrida com calçado desnivelado induz uma passada de impacto posterior, calcâneo-társico, que provoca uma rotação interna do pé e do joelho. A repetição deste tipo de corrida provocará um encurtamento e inflamação da fita de Massiat do músculo tensor da fáscia lata (faixa azul turquesa dentro do rectangulo azul) que comprometerá e despoletará dor na contração deste músculo. Para este tipo de falência provocado pelo calçado desnivelado foi dado o nome do síndrome da banda iliotibial, ou em versão mais sport-chique: Runner's Knee. Como se a lesão fosse o prémio para ser considerado corredor. O tipo de passada - posterior - e o sapato desnivelado são os responsáveis por este síndroma do tensor da fáscia lata. O que importa reter é isto: a corrida descalça e com calçado minimalista não comprometerá o músculo tensor da fáscia lata, porque não provoca rotação interna do joelho, a forma de correr é de impacto anterior, não há desnível do pé provocado pelo sapato nem provocará rotação interna do pé.
Latorre-Román PA, García-Pinillos F, Soto-Hermoso VM, Muñoz-Jiménez M. Effects of 12 weeks of barefoot running on foot strike patterns, inversion-eversion and foot rotation in long-distance runners. J Sport Health Sci. 2019 Nov;8(6):579-584. doi: 10.1016/j.jshs.2016.01.004. Epub 2016 Jan 11. PMID: 31720071; PMCID: PMC6835025.
McCarthy C, Fleming N, Donne B, Blanksby B. Barefoot running and hip kinematics: good news for the knee? Med Sci Sports Exerc. 2015 May;47(5):1009-16. doi: 10.1249/MSS.0000000000000505. PMID: 25207927.
Perl DP, Daoud AI, Lieberman DE. Effects of footwear and strike type on running economy. Med Sci Sports Exerc. 2012 Jul;44(7):1335-43. doi: 10.1249/MSS.0b013e318247989e. PMID: 22217565.
Roca-Dols A, Losa-Iglesias ME, Sánchez-Gómez R, López-López D, Becerro-de-Bengoa-Vallejo R, Calvo-Lobo C. Electromyography comparison of the effects of various footwear in the activity patterns of the peroneus longus and brevis muscles. J Mech Behav Biomed Mater. 2018 Jun;82:126-132. doi: 10.1016/j.jmbbm.2018.03.003. Epub 2018 Mar 13. PMID: 29597146.
Ainda há um nome mais vulgar no mundo da corrida internacional para o síndroma medial tibial é designado "Shin Splints" traduzido significa dores nas canelas (termo popular que significa tíbia). Este tipo de lesão decorre do funcionamento anómalo do músculo tibial anterior que é um antagonista do tricipete sural (gémeos). Se o seus gémeos não funcionarem com normal amplitude, por os sapatos terem um tacão, o tendão de Aquiles estará encurtado, facilmente ficarão hipertônicos, ora como o tibial anterior é antagonista ficará também hipertônico, pois ambos funcionam em conjunto para modular a resposta da perna ao movimento. As tais dores nas canelas surgem quando a hipertonicidade do tibial anterior se torna numa inflamação recorrente. Isto acontece porque o sapato é desnivelado. Ocorre na corrida mas também poderá ocorrer na marcha.
Latorre-Román PA, García-Pinillos F, Soto-Hermoso VM, Muñoz-Jiménez M. Effects of 12 weeks of barefoot running on foot strike patterns, inversion-eversion and foot rotation in long-distance runners. J Sport Health Sci. 2019 Nov;8(6):579-584. doi: 10.1016/j.jshs.2016.01.004. Epub 2016 Jan 11. PMID: 31720071; PMCID: PMC6835025.
Roca-Dols A, Losa-Iglesias ME, Sánchez-Gómez R, López-López D, Becerro-de-Bengoa-Vallejo R, Calvo-Lobo C. Electromyography comparison of the effects of various footwear in the activity patterns of the peroneus longus and brevis muscles. J Mech Behav Biomed Mater. 2018 Jun;82:126-132. doi: 10.1016/j.jmbbm.2018.03.003. Epub 2018 Mar 13. PMID: 29597146.
Lucas-Cuevas AG, Priego Quesada JI, Giménez JV, Aparicio I, Jimenez-Perez I, Pérez-Soriano P. Initiating running barefoot: Effects on muscle activation and impact accelerations in habitually rearfoot shod runners. Eur J Sport Sci. 2016 Nov;16(8):1145-52. doi: 10.1080/17461391.2016.1197317. Epub 2016 Jun 26. PMID: 27346636.
Fleming N.,J. Walters,J. Grounds,L. Fife,A. Finch Acute response to barefoot running in habitually shod males, Publication: Human Movement Science Publisher: Elsevier Date: August 2015.
Fredericks W, Swank S, Teisberg M, Hampton B, Ridpath L, Hanna JB. Lower extremity biomechanical relationships with different speeds in traditional, minimalist, and barefoot footwear. J Sports Sci Med. 2015 May 8;14(2):276-83. PMID: 25983575; PMCID: PMC4424455.
Bergstra SA, Kluitenberg B, Dekker R, Bredeweg SW, Postema K, Van den Heuvel ER, Hijmans JM, Sobhani S. Running with a minimalist shoe increases plantar pressure in the forefoot region of healthy female runners. J Sci Med Sport. 2015 Jul;18(4):463-8. doi: 10.1016/j.jsams.2014.06.007. Epub 2014 Jun 21. PMID: 25024135.
Perl DP, Daoud AI, Lieberman DE. Effects of footwear and strike type on running economy. Med Sci Sports Exerc. 2012 Jul;44(7):1335-43. doi: 10.1249/MSS.0b013e318247989e. PMID: 22217565.
Moisan G, Descarreaux M, Cantin V. The influence of footwear on walking biomechanics in individuals with chronic ankle instability. PLoS One. 2020 Sep 24;15(9):e0239621. doi: 10.1371/journal.pone.0239621. PMID: 32970751; PMCID: PMC7514089.
Franklin S, Li FX, Grey MJ. Modifications in lower leg muscle activation when walking barefoot or in minimalist shoes across different age-groups. Gait Posture. 2018 Feb;60:1-5. doi: 10.1016/j.gaitpost.2017.10.027. Epub 2017 Oct 28. PMID: 29121509.
Roca-Dols A, Losa-Iglesias ME, Sánchez-Gómez R, López-López D, Becerro-de-Bengoa-Vallejo R, Calvo-Lobo C. Electromyography comparison of the effects of various footwear in the activity patterns of the peroneus longus and brevis muscles. J Mech Behav Biomed Mater. 2018 Jun;82:126-132. doi: 10.1016/j.jmbbm.2018.03.003. Epub 2018 Mar 13. PMID: 29597146.
A fasciíte plantar pode ter várias etiologias, caracteriza-se por uma dor muito aguda na planta do pé junto ao calcâneo durante a marcha. Esta inflamação pode ser resultado de um bloqueio do efeito torniquete da fáscia plantar (windlass). Se o pé estiver num calçado rígido ou desnívelado não terá um correto funcionamento biomecânico, a fáscia plantar estará encurtada e hipertónica, ao não repercutir as forças, provocando uma transmissão mais fraca daquelas a todas as cadeias miofasciais, predispondo à inflamação plantar.